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Brasil quer fechar documento nas próximas horas; União Europeia muito insatisfeita

Terça-feira, 19.06.12

O Brasil tinha prometido que hoje era o último dia de negociações para se terminar o texto que será colocado para aprovação pelos chefes de Estado e governo na Conferência Rio+20 que começará 4ª feira. Um dia de intervalo permitiria compilar os diversos temas que estiveram em discussão nos últimos dias – os mais controversos têm sido economia verde, objetivos de desenvolvimento sustentável, os meios de implementação (nomeadamente fundos) ou energia (subsidiação de combustíveis fósseis). Mas depois há também muitos outros aspetos determinantes que podem ter no texto uma linguagem forte e ambiciosa ou infelizmente uma ideia demasiado genérica, que pouco acrescenta em relação ao que é necessário fazer.

Por um lado o Brasil diz que tudo está a decorrer bem dentro do programado e os consensos estão a ser conseguidos, apesar destas linhas serem escritas cerca das 20h30, hora do Brasil [00h30 em Lisboa], e muitos assuntos, uns estruturais e outros mais superficiais, estão ainda por resolver. O dinheiro (ou a falta dele para ajudar os países em desenvolvimento), é como sempre e em grande parte o causador das divergências. Porém, para as organizações não governamentais de ambiente e também para blocos como a União Europeia, é o facto da fasquia que se está a colocar para a Rio+20 estar cada vez mais baixa para se atingir um documento que permita atingir o consenso e anunciar o sucesso o que mais entristece.

A noite será longa e só amanhã haverá novidades sobre os resultados desta mega-conferência que deveria perspetivar mega-mudanças num planeta ameaçado.

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publicado por Quercus às 00:04