4ª Saída Verde para a Crise: Agricultura Biológica
A Quercus promove amanhã uma visita coordenada com a Herdade do Freixo do Meio, a Agrobio e a Interbio, seguida de uma pequena sessão sobre o tema da Agricultura Biológica, nesta Herdade localizada em Foros de Vale Figueira, concelho de Montemor-o-Novo. A Agricultura Biológica é um modo de produção que visa produzir alimentos e fibras têxteis de elevada qualidade, saudáveis, ao mesmo tempo que promove práticas sustentáveis e de impacto positivo no ecossistema agrícola. Assim, através do uso adequado de métodos preventivos e culturais, tais como as rotações, os adubos verdes, a compostagem, as consociações e a instalação de sebes vivas, entre outros, fomenta a melhoria da fertilidade do solo e a biodiversidade.
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Pescas: salvaguardar os recursos das ameaças, explorá-los de forma sustentável e investir no sector conserveiro
O setor das pescas é um elemento fundamental na estratégia de aproveitamento dos recursos do mar, tão significativos para Portugal, sendo os oceanos um dos sete temas críticos na Conferência Rio+20. No âmbito da iniciativa “5 Saídas Verdes para a Crise”, a Quercus e o Secretário de Estado do Mar, Doutor Manuel Pinto de Abreu, visitaram hoje a fábrica Ramirez em Matosinhos, uma empresa com 159 anos, sendo a mais antiga conserveira mundial em laboração.
À escala de Portugal, e tendo em conta também o emprego verde proporcionado pelo sector, importa destacar que:
- Os portugueses são os terceiros maiores consumidores de pescado a nível mundial (57 kg/ano), depois de islandeses e japoneses;
- Existem 21 fábricas de conservas em laboração, 18 no Continente e 3 nos Açores, sendo as do Continente responsáveis por cerca de 3 500 postos de trabalho diretos e outros tantos indiretos;
- Fabricam-se anualmente cerca de 50 000 toneladas de conservas de peixe;
- O volume de negócios do sector das conservas de peixe em Portugal ronda os 220 milhões de euros, com a exportação a representar cerca de 56% deste valor;
- A primeira fábrica de conservas de sardinha nasceu há 122 anos em Setúbal;
- A pesca da sardinha pela arte do cerco foi a primeira arte de pesca nacional e a primeira arte de pesca da sardinha na Europa a obter uma certificação pelo Marine Stewardship Council, tendo assim passado a incluir o restrito grupo de pescarias mundiais com impacto mínimo sobre o ambiente e consciente quanto à necessidade de preservação dos recursos marinhos;
- A captura excessiva de algumas espécies e fenómenos como as alterações climáticas têm conduzido a quebras significativas na pesca de algumas espécies como o caso da sardinha que viu a sua quantidade reduzida em mais de 50% nos últimos 10 anos no total da costa portuguesa.
À escala mundial é importante referir que:
- Em 2008, as pescas asseguraram a 3 mil milhões de pessoas pelo menos 15 por cento da sua proteína animal. No mesmo ano, a venda de plantas aquáticas e peixes foi de 85 mil milhões de euros, e a indústria da pesca assegurou os meios de subsistência para cerca de 540 milhões de pessoas, ou 8 por cento da população mundial;
- Além de alimentos e emprego, os oceanos são um recurso natural que suportam indústrias de viagens e turismo, mineração, telecomunicações e transporte. Acresce ainda que algumas espécies marinhas têm utilização farmacêutica no tratamento de doenças como o cancro, o HIV a malária;
- Os oceanos também têm um papel importante no sistema climático global pela geração de oxigénio e absorção de cerca de 30% das emissões globais de dióxido de carbono. Devido aos seus significativos benefícios económicos, sociais e ambientais, a garantia de oceanos saudáveis e produtivos é vital para alcançar um desenvolvimento sustentável;
- Independentemente dos benefícios económicos, sociais e ambientais significativos dos oceanos, há inúmeros desafios na sua preservação e manutenção para as gerações futuras;
- Alguns dos problemas que assolam os oceanos são a pesca excessiva e destrutiva, a perda da biodiversidade, incluindo a diminuição grave e/ou esgotamento de determinadas populações de peixes (por exemplo, atum, bacalhau, solha, linguado e pescada), a acidificação dos oceanos (causando o branqueamento de corais), o aquecimento dos oceanos, a destruição dos recifes de coral, a poluição difusa resultante de bacias hidrográficas ou a acumulação de detritos, para além dos derrames acidentais de petróleo, água radioativa de acidentes nucleares, bem como espécies invasoras presentes nas águas de lastro.
Esta foi a terceira visita da iniciativa da Quercus “5 Saídas Verdes para a Crise”, que pretende chamar a atenção para a Conferencia Rio+20 e mostrar alguns dos sectores-chave em Portugal (energia, agricultura, florestas, pescas e reabilitação urbana), onde o estímulo e o investimento não podem ser esquecidos pela oportunidade de criação de emprego, assegurando uma maior independência e sustentabilidade do país. A Quercus trabalha nesta área com outras associações portuguesas no quadro da PONG-Pescas, Plataforma de Organizações Não Governamentais Portuguesas sobre a Pesca.
A Conferência Rio+20 terá lugar no Rio de Janeiro entre 20 e 22 de Junho e reunirá primeiros-ministros e chefes de Estado de todo o mundo. Ao mesmo tempo, e durante duas semanas, terá lugar na mesma cidade, a Cúpula dos Povos, uma reunião de organizações não governamentais aberta a toda a população que procurará fazer eco das ideias da sociedade civil sobre o futuro do planeta.
Matosinhos, 30 de maio de 2012
A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza
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Amanhã é dia de levantar a voz pela Rio+20
Amanhã, dia 30 de Maio, "é dia de levantar a voz nas redes sociais pelo Futuro que Nós Queremos para o Planeta", apela o Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil. "Faltam apenas três semanas para a Rio+20 e ainda dá tempo de unir as nossas forças. Convide os seus amigos, parceiros e familiares a garantir resultados concretos para a maior Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável da História. As melhores mensagens serão divulgadas pela ONU no Brasil", apelam os promotores.
Pode participar no Twitter com as hashtags #RioMais20, #FutureWeWant e #eusounos, no Facebook partilhando as fotos e os vídeos da campanha disponíveis em: http://on.fb.me/MUdqsj e no Google+ ou no Youtube nos endereços http://gplus.to/ONUBrasil e http://www.youtube.com/unicrio.
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Participe na iniciativa 'O FUTURO QUE NÓS QUEREMOS'
O Futuro Que Nós Queremos é uma iniciativa global que pretende dar a todos a oportunidade de compartilhar as suas opiniões, visões e soluções para a construção de um futuro mais sustentável. Porque o futuro será como nós quisermos que ele seja. Participe!
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Coro Infantil de Santo Amaro de Oeiras vence 'Rio+20 Global Youth Music Contest'
O Coro Infantil de Santo Amaro de Oeiras venceu o concurso internacional 'Rio+20 Global Youth Music Contest', com o tema "Meu Planeta Azul". A iniciativa decorreu no âmbito da Conferência das Nações Unidas Sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que terá lugar em Junho, no Rio de Janeiro.
A canção já tinha vencido o concurso nacional na categoria até aos 14 anos, enquanto na categoria seguinte, dos 15 aos 30 anos, venceu o tema "Blanket Made of Blue" representado por Francisco Rua e Mariana Mello, com letra de Ana Luísa Amaral.
Além do primeiro lugar de "Meu Planeta Azul" no concurso internacional, com quase 45 mil votos, outras três composições portuguesas conseguiram classificar-se entre as 20 primeiras [conheça todas as canções portuguesas a concurso]. O Coro Infantil de Santo Amaro de Oeiras procura agora angariar meios para levar os 35 participantes à Rio+20, dado que a organização só paga a viagem a três crianças.
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"5 Saídas Verdes para a Crise": mais floresta autóctone, menos incêndios e mais reciclagem
A Conferência Rio+20 terá lugar no Rio de Janeiro entre 20 e 22 de junho e reunirá primeiros-ministros e chefes de Estado de todo o mundo. Ao mesmo tempo, e durante duas semanas, terá lugar na mesma cidade, a Cúpula dos Povos, uma reunião de organizações não governamentais aberta a toda a população que procurará fazer eco das ideias da sociedade civil sobre o futuro do planeta. Depois do sucesso da ECO/92 há vinte anos com a aprovação de uma agenda mundial para a sustentabilidade (Agenda 21) e três Convenções das Nações Unidas (clima, desertificação e biodiversidade), a Rio+20 que terá lugar num ambiente de pessimismo e preocupação generalizado é também uma forma de inspiração, de mudança de paradigma, de uma sociedade que deve apostar verdadeiramente num desenvolvimento sustentável e não apenas no crescimento.
Para ultrapassarmos as várias crises que marcam o mundo (alimentação, energia, clima e finanças) necessitamos de uma ação coordenada rumo a uma redução da pegada ecológica, principalmente dos países mais desenvolvidos, através da aposta em fontes renováveis e num uso o mais eficiente possível dos materiais e da energia.
A iniciativa da Quercus “5 Saídas Verdes para a Crise” pretende mostrar alguns dos setores-chave em Portugal (energia, agricultura, florestas, pescas e reabilitação urbana), onde o estímulo e o investimento não podem ser esquecidos pela oportunidade de criação de emprego, assegurando uma maior independência e sustentabilidade do país.
Quercus quer Portugal com 50% de reciclagem de rolhas de Cortiça em 2025, o que permitirá a plantação de 500.000 árvores/ano de espécies autóctones
O GREEN CORK (www.greencork.org), é um Programa de Reciclagem de Rolhas de Cortiça desenvolvido pela Quercus em parceria com a Corticeira Amorim, e que conta com o Continente como principal parceiro na recolha de rolhas. Tem como objectivo não só a transformação das rolhas usadas noutros produtos, mas, também, com o seu esforço de reciclagem, permitir o financiamento de parte do Programa “Floresta Comum”. A opção de utilizar a língua inglesa no nome do projeto, teve como objectivo a internacionalização da reciclagem de rolhas a outros países, uma vez que começa a ser cada vez mais exigido por parte dos consumidores e engarrafadores de todo o mundo, que a totalidade da embalagem possa ser reciclada.
Sem esta reciclagem, não se pode defender a rolha de cortiça como um produto ecológico. Defendendo a rolha de cortiça estamos também a defender o montado de sobro e a biodiversidade que lhe é associada.
A matéria-prima cortiça, como produto natural (que necessita de um tempo longo de crescimento) é limitada, pelo que o seu reaproveitamento não diminui a utilização da cortiça que sai das árvores, mas permite a sua utilização em outros produtos. Apostar nesta vertente é cada vez mais uma condição para mantermos a posição de Portugal como líder do mercado na cortiça.
As rolhas de cortiça recicladas nunca são utilizadas para produzir novas rolhas, mas têm muitas outras aplicações, que vão desde a indústria automóvel, à construção civil ou aeroespacial.
No mercado português entram anualmente cerca de 300 milhões de rolhas, que significam cerca de 1.200 ton. de cortiça, tendo por base uma média de 4 gramas por rolha. Desde o início do programa Greencork, foram estas as quantidades de rolhas recolhidas:
2010 – 39 ton. (3,25%)
2011 – 35 ton. (2,92%)
2012 (até Maio) – 41 ton. (3,42%)
No sentido de dar continuidade ao aumento assinalável do corrente ano, o Green Cork pretende aumentar de forma continuada estas percentagens anuais de reciclagem para atingir em 2025, uma taxa de reciclagem de rolhas de cortiça de 50%.
Esta meta de reciclagem, significa uma quantidade anual de cerca 600 ton, o que nos vai permitir plantar anualmente cerca de 500 mil árvores de espécies autóctones, ao abrigo do projeto Floresta Comum, realizado em parceria com a Autoridade Florestal Nacional (AFN), Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) e Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP): http://www.condominiodaterra.org/pt/envolva-se/floresta-comum/.
Reciclar rolhas é não só prolongar a retenção de CO2, mas também possibilitar que anualmente possam vir a ser plantados anualmente cerca de 5.000 há de floresta autóctones.
Porque devemos dar tanta importância às florestas autóctones?
- As florestas autóctones estão mais adaptadas às condições do solo e do clima do território, por isso são mais resistentes a pragas, doenças, longos períodos de seca ou de chuva intensa, em comparação com espécies introduzidas;
- As florestas de árvores autóctones, embora de crescimento mais lento, quando bem desenvolvidas, são normalmente mais resistentes e resilientes aos incêndios florestais, permitindo reduzir a despesa com o combate aos incêndios florestais e diminuir as emissões de CO2;
- As florestas autóctones ajudam a manter a fertilidade do espaço rural, o equilíbrio biológico das paisagens e a diversidade dos recursos genéticos, bem como o suporte das atividades agrícolas;
- As florestas autóctones fazem parte do nosso ecossistema. São importantes lugares de refúgio e reprodução para um grande número de espécies animais autóctones, e potenciam a disponibilização de serviços de ecossistema;
- Regulam o clima e o ciclo hidrológico, assim como servem de matéria-prima a produtos fundamentais na vida quotidiana.
Dada a discussão internacional que ocorre já neste momento sobre a inclusão nos PIB,s nacionais do desempenho ambiental de cada país, a aposta na floresta autóctone, pode vir a revelar-se determinante na construção de um futuro ambientalmente e economicamente sustentáveis.
As vantagens ambientais da cortiça foram determinantes no confronto com vedantes alternativos
A exploração da cortiça é uma referência a nível mundial de convivência da economia com o ambiente. De facto, a cortiça é um material natural, é 100% biodegradável e reciclável. E não só se gasta muito menos energia na produção de rolhas como a exploração de cortiça mantém florestas de sobreiro que capturam CO2 (4,8 milhões de toneladas por ano só em Portugal) e ainda mantêm a biodiversidade.
Este setor foi ameaçado pelo surgimento de vedantes de plástico e alumínio, e as vantagens ambientais e o bom desempenho técnico deste vedante natural, foram determinantes para a recuperação da quota de mercado que ocorreu durante 2010 e 2011, e que continua a manter esta tendência positiva. Esta conjugação entre o bom desempenho técnico e as inegáveis mais valias ambientais, são a massa crítica que podem alicerçar o futuro desta atividade, e a valorização do ecossistema do montado de sobro. Durante esta visita será inaugurada uma nova linha de aglomeração de cortiça, que representa o maior investimento no setor a nível mundial, e que vai poder potenciar a reciclagem de rolhas de cortiça. A industria da cortiça emprega cerca de 100.000 pessoas em todo mundo.
Mais informações sobre as vantagens ambientais da cortiça, poderão ser consultadas em: aqui e em aqui
Mozelos, 21 de maio de 2012
A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza
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RTP: 'Quercus apresenta cinco saídas verdes para a crise'
Na RTP: "A Quercus vai levar à Conferência do Rio de Janeiro 5 soluções verdes para a crise, considerando que há áreas chave em Portugal onde é possível investir. Os ambientalistas querem Portugal a usar 100% de energia limpa já em 2050." [ver reportagem em vídeo]
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Energia: Mais renováveis, Maior eficiência, Mais emprego
A Conferência Rio+20 terá lugar no Rio de Janeiro entre 20 e 22 de junho e reunirá primeiros-ministros e chefes de Estado de todo o mundo. Ao mesmo tempo, e durante duas semanas, terá lugar na mesma cidade, a Cúpula dos Povos, uma reunião de organizações não governamentais aberta a toda a população que procurará fazer eco das ideias da sociedade civil sobre o futuro do planeta.
Depois do sucesso da ECO/92 há vinte anos com a aprovação de uma agenda mundial para a sustentabilidade (Agenda 21) e três Convenções das Nações Unidas (clima, desertificação e biodiversidade), a Rio+20 que terá lugar num ambiente de pessimismo e preocupação generalizado é também uma forma de inspiração, de mudança de paradigma, de uma sociedade que deve apostar verdadeiramente num desenvolvimento sustentável e não apenas no crescimento.
Para ultrapassarmos as várias crises que marcam o mundo (alimentação, energia, clima e finanças) necessitamos de uma ação coordenada rumo a uma redução da pegada ecológica, principalmente dos países mais desenvolvidos, através da aposta em fontes renováveis e num uso o mais eficiente possível dos materiais e da energia.
A iniciativa da Quercus “5 Saídas Verdes para a Crise” pretende mostrar alguns dos setores-chave em Portugal (energia, agricultura, florestas, pescas e reabilitação urbana), onde o estímulo e o investimento não podem ser esquecidos pela oportunidade de criação de emprego, assegurando uma maior independência e sustentabilidade do país.
Quercus quer Portugal com 100% de eletricidade renovável em 2050 e reposição de incentivos fiscais à água quente solar
Em dezembro de 2011, a Comissão Europeia adotou o Roteiro para a Energia 2050, um programa de longo prazo que analisa os vários cenários para alcançar o objetivo da União Europeia de descarbonização até 2050.
A contribuição das energias renováveis para a descarbonização da economia europeia é fundamental e incontornável. Neste Roteiro as projeções apontam para as renováveis representarem pelo menos 55% do consumo final de energia em toda a europa (que à data do Roteiro representava 10%). No consumo de energia elétrica o peso das renováveis varia entre de 64% a 97%, dependendo dos cenários.
Portugal comprometeu-se a atingir uma quota de 31% de energia renovável no consumo final de energia em 2020. Para este objetivo, será alcançada uma meta de cerca 60% de consumo de eletricidade por fonte de energia renovável já em 2020.
Face às necessárias políticas de mitigação das alterações climáticas, é fundamental para Portugal, num cenário de descarbonização da economia, de independência energética e da criação de emprego verde, definir uma meta de 100% de energia elétrica renovável para 2050. Esta é uma meta ambiciosa, mas realista. Para tal, é necessário desenvolver e apoiar as redes inteligentes e de ligar a produção de energias renováveis nas redes europeias. Num horizonte de 40 anos conseguiremos ultrapassar os desafios da intermitência de produção de algumas renováveis, proporcionando soluções de armazenamento da eletricidade. Note-se que um objetivo desta magnitude já foi assumido pelos governos da Alemanha e Dinamarca e seria uma meta relevante a traçar neste Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos.
No que respeita à produção de energia primária de fontes renováveis com outras utilizações que não eletricidade, a Quercus considera que a água quente solar requer a reposição de incentivos fiscais, mesmo em tempo de crise, pelos benefícios imediatos e de médio e longo prazo que proporciona à economia e ao ambiente, aproveitando as mais de 3300 horas de sol que privilegiam o nosso país.
Setor energético deverá ser líder no emprego verde
O conceito de empregos verdes é uma tentativa de olhar para sinergias nas áreas do emprego, energia e ambiente. O uso da energia e as pressões sobre o ambiente atingiram uma escala sem precedentes. Apesar dos esforços de se estabelecer um sistema energético de baixo carbono, tal ainda está longe de se atingir á escala global. As energias renováveis mais modernas (excluindo as barragens e o uso de biomassa), representam apenas 1% da energia primária à escala mundial e as emissões de dióxido de carbono não param de acelerar.
A energia é o setor onde o emprego pode vir a ter maior expressão num contexto de desenvolvimento sustentável. As energias renováveis têm 5 a 40 vezes mais empregos por MW que o aproveitamento dos combustíveis fósseis. A produção de eletricidade a partir de painéis fotovoltaicos está associada a 10 vezes mais empregos por GWh que numa central térmica a combustíveis fósseis. Em termos de empregos por Euro gasto, o recurso à energia eólica e à combustão de biomassa também revelam um maior número por comparação com o recurso a combustíveis fósseis.
O Programa das Nações Unidas para o Ambiente estima que número de empregos verdes associados às energias renováveis deverá ser da ordem de 750 mil por ano. Numa estimativa de mais longo prazo, considera-se que uma ação global coordenada no quadro da sustentabilidade do planeta, deverá levar à criação média no mundo de 13 milhões de novos postos de trabalho verdes por ano até 2050.
Em Portugal, já para 2015, prevê-se cerca de 61 mil empregos relacionados com o setor das energias renováveis, sendo cerca de 6 mil empregos diretos. A contribuição total do setor das energias renováveis para o PIB nacional em 2008 era de 2,1%, prevendo-se que atinja 4,1% em 2015.
Cacia/Aveiro, 15 de Maio de 2012
A Direção Nacional da Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza
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Tudo sobre a Rio+20
Quer saber mais sobre a Rio+20? Veja esta explicação de Aron Belinky, da ONG brasileira Vitae Civilis, num conjunto de pequenos programas da TV Meio Ambiente.
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Dia 15: Quercus apresenta a primeira de '5 Saídas Verdes para a Crise'
No próximo dia 15 de Maio, a Quercus promove uma visita coordenada com a Bosch Termotecnologia SA e uma pequena sessão sobre o tema Energia na fábrica da empresa localizada em Cacia/Aveiro. A iniciativa insere-se nos preparativos para a Conferência Rio+20 e no Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos.
A Quercus irá apresentar e explicar os objetivos que considera possíveis atingir em 2050 para as energias renováveis em Portugal e que cujo caminho deverá desde já ter início, especificando os benefícios para o país e os estimados à escala mundial que as energias renováveis e a eficiência energética poderão proporcionar em termos de emprego.
A iniciativa da Quercus '5 Saídas Verdes para a Crise' pretende mostrar alguns dos sectores-chave em Portugal (energia, agricultura, florestas, pescas e reabilitação urbana), onde o estímulo e o investimento não podem ser esquecidos pela oportunidade de criação de emprego, assegurando uma maior independência e sustentabilidade do país.
A Conferência Rio+20 terá lugar no Rio de Janeiro entre 20 e 22 de Junho e reunirá primeiros-ministros e chefes de Estado de todo o mundo. Ao mesmo tempo, e durante duas semanas, terá lugar na mesma cidade, a Cúpula dos Povos, uma reunião de organizações não governamentais aberta a toda a população que procurará fazer eco das ideias da sociedade civil sobre o futuro do planeta.
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Quercus aponta '5 Saídas Verdes para a Crise'
5 Saídas Verdes para a Crise
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Rio+20: As Informações Essenciais
A ONG brasileira Vitae Civilis - Instituto para o Desenvolvimento, Meio Ambiente e Paz lançou a segunda versão da brochura "Rio 20: As Informações Essenciais" em português e inglês [PDF]. O documento pretende incentivar e apoiar a participação da sociedade civil na Rio 20 e nas iniciativas paralelas.
Rio 20: As Informações Essenciais (Vitae Civilis)