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2 de Julho: Tertúlia 'O Que nos Une a Todos? Ecos do Rio+20'

Quarta-feira, 27.06.12

Convidam-se todos os vizinhos globais a participar na Tertúlia “O Que nos Une a Todos? Ecos do Rio+20”, que se vai realizar no próximo dia 2 de Julho, pelas 17h30, no Instituto Superior de Gestão, Ameixoeira, Lisboa. 

Local: ISG Business & Economics School
Proponente: Projecto Condomínio da Terra, Quercus ANCN
Apoio: CIGEST – Centro de Investigação em Gestão | Área de Sustentabilidade e Ambiente

Sinopse
Durante a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a ‘Rio+20’, a Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza apresentou o projecto ‘Condomínio da Terra’ e desafio o mundo a olhar para o planeta como ‘um imenso condomínio’. E se assim for, até que ponto é que estamos disponíveis para a gestão partilhada dos bens e sistemas comuns? Até onde entendemos que o que é comum é de todos, logo é também responsabilidade de todos? Até quando iremos argumentar que num mundo global, globalizado e de recursos limitados, há condóminos com mais direitos e menos deveres que outros, que é possível comprar e vender tudo o que tenha valor, mesmo que não tenha preço? Até que ponto vamos insistir que é no mercado que todos os problemas do Condomínio se irão, por mãos mais ou menos invisíveis, resolver?

Concretamente, esta proposta da Quercus, apoiada pelo CIGEST, o Centro de Investigação do ISG e INP, pretende defender dois grandes princípios:

1. O Património Natural Imaterial da Humanidade: A necessidade de um estatuto jurídico internacional para os sistemas globais naturais, nomeadamente dos Oceanos e Sistema Climático
2. O EcoSaldo: O imperativo da criação de um sistema de contabilidade e de gestão global, que permita o acerto de contas e o fim do dilema do prisioneiro.
Junte-se a nós neste debate, descubra o que nos Une a Todos, saiba como foi recebida esta proposta ‘Made in Portugal’ na cimeira ‘Rio + 20’ e analisemos em conjunto o que poderemos esperar do ‘Futuro que Queremos’

Programa:
17:30 – Declaração de Boas-Vindas: Carlos Vieira, Administração ISG/INP
17:45 – Nota de Abertura e Apresentação do filme ‘O Que Nos Une a Todos”: Paulo Magalhães, Quercus
18:15 – Debate sob a forma de mesa redonda sobre o tema ‘O que Nos Une ao Futuro que Queremos? – Uma Análise após o Rio+20’
• Paulo Magalhães – Quercus, Coordenador Condomínio da Terra
• Francisco Ferreira – Quercus, Coordenador Alterações Climáticas
• Nuno Oliveira – CIGEST - ISG
• Luís Rocharte – Especialista em Sustentabilidade
• Luísa Schmidt – ICS-UL
Moderação: Ana Rita Ramos – Projecto Editorial Gingko e Verde Movimento


19:30 – Fim de Sessão
 
Evento: www.facebook.com/events/382299988485293
Consulte também: www.condominiodaterra.org | www.isg.pt

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publicado por Quercus às 18:12

Governo destrói economia verde depois do Primeiro-Ministro ter defendido renováveis na Rio+20

Quarta-feira, 27.06.12

A Quercus sabe que é muito provável que amanhã, quinta-feira, dia 28 de Junho, o Governo aprove em Conselho de Ministros, a transposição do denominado 3º pacote de energia. Trata-se de uma alteração profunda de quatro Decretos-Lei publicados em 2006, no quadro da transposição da Diretiva 2009/72/CE do Parlamento Europeu e do Conselho. As alterações propostas a que a Quercus teve acesso, irão, em nossa opinião, destruir o investimento em energias renováveis em Portugal.

A reconfiguração proposta

No novo quadro legislativo proposto para aprovação, figuram um conjunto de aspetos que consideramos devastadores para uma política de aposta nas energias renováveis:

- passa a poder ser estabelecido um prazo para o funcionamento: enquanto uma determinada instalação de produção de eletricidade a partir de fontes renováveis tem atualmente uma licença sem termo, passa a haver possibilidade, até retroativamente, dessa licença terminar em função de decisões da administração, que passa a ter essa liberdade; para a Quercus, é fácil de perceber que essa instabilidade leva a que os investimentos não possam prosseguir, dado que a banca não proporcionará empréstimos sem ter uma garantia fiável e de futuro;

- termina a garantia de aquisição da eletricidade produzida e a garantia de tarifa deixa de ter regras claras: estes dois fatores são decisivos para uma aposta na eletricidade por fontes renováveis e na programação dos investimentos, e vão contra a filosofia tradicional de apoio às renováveis na Europa e mesmo Mundo, defendida em vários documentos recentes das Nações Unidas, para além do próprio espírito da Diretiva cuja transposição se efetua; após um primeiro período de tarifa assegurada, espera-se que as regras de remuneração posteriores sejam conhecidas logo à partida e não possam ser alteradas facilmente como a nova legislação propõe;

- possibilidade de mudança dos pontos de receção: tem surgido casos em que tem sido atribuído um conjunto de potência total e de pontos de ligação à rede elétrica de instalações de produção, por exemplo parques eólicos, que são depois inviabilizados em sede de avaliação de impacte ambiental; a Quercus defende que o Estado, nestas situações deve permitir ao promotor o encontrar novas áreas que possam ser viabilizadas para a instalação da mesma potência, aspeto este  fundamental a  clarificar pela nova legislação.

Com as alterações propostas a Produção em Regime Especial (PRE), que abrange toda a produção de eletricidade por fonte renovável exceto as grandes barragens, ficará desregulamentada. Não são tidos em conta nesta revisão os custos assumidos em exclusivo por este tipo de produção que deve ter regras diferentes do regime ordinário.

Um ato isolado e inconsistente, sem visão de futuro

A nova legislação avança sem estar concertada com o Plano Nacional de Ação para as Energias Renováveis que teve uma versão preliminar em consulta pública por uns dias antes de ser retirado para reformulação, bem como sem se conhecer o Roteiro Nacional de Baixo Carbono, cuja consulta pública estará para breve. Mais uma vez está em causa a coordenação entre objetivos estratégicos e fundamentais para uma política energética e climática integrada do Governo.

Com metas a cumprir para 2020 (de 31% de energia renovável para Portugal e que poderá ser ainda ampliada face a compromissos internacionais na área das alterações climáticas), e um objetivo que gostaríamos que atingisse os 100% em 2050 no que à eletricidade renovável diz respeito, esta nova legislação a ser aprovada nos moldes conhecidos põe em causa qualquer estratégia ambiciosa nesta área.

A Quercus considera que há pelo menos uma quebra do espírito da Diretiva 2009/72/CE, na medida em que a mesma defende que “um mercado interno da eletricidade em bom funcionamento deveria dar aos produtores os estímulos adequados ao investimento em novas produções de energia, incluindo eletricidade produzida a partir de fontes renováveis, prestando uma atenção particular aos países e regiões mais isolados no mercado comunitário da energia.”.

Quercus está assim estupefacta depois de ter ouvido Primeiro-Ministro a discursar na passada 5ª feira na Conferência Rio+20, mencionando a relevância das energias renováveis para a economia verde e o papel que Portugal pretende desenvolver nesta matéria

Justificando-se com o elevado défice tarifário (cuja origem é principalmente da responsabilidade da produção de eletricidade a partir da queima de combustíveis fósseis), e a aplicação do pacote de ajuda internacional, o Governo prepara-se para desincentivar as energias renováveis, comprometendo o futuro de uma área que se sabe ser fundamental para a independência energética e económica do país, geradora de emprego, e uma vertente crucial do desenvolvimento sustentável no quadro da denominada “economia verde”.

Confunde-se a liberalização do mercado da eletricidade e o proporcionar de uma maior concorrência, com regras que põe em causa um caminho em que Portugal se tem vindo a afirmar. Esta proposta de reconfiguração do SEN vem levantar uma enorme dúvida sobre a estratégia nacional para as energias renováveis e a meta que o Governo quer atingir em 2020.

Lisboa, 27 de junho de 2012
A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

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publicado por Quercus às 17:55

Rio+20 Global Music Contest: v
encedores portugueses atuam em concerto no dia 1 de julho em Vila Nova de Gaia

Segunda-feira, 25.06.12

Decorrerá, no próximo dia 1 de julho, pelas 15 horas, no Mosteiro da Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia, o concerto RIO+20, no qual atuarão as canções classificadas nos três primeiros lugares do Concurso Nacional do Rio+20 Global Music Contest. Uma das participantes será a canção “Meu Planeta Azul”, apresentada pelo Coro Infantil de Santo Amaro de Oeiras, que foi uma das duas vencedoras do Concurso Global, tendo atuado no Rio de Janeiro, por ocasião da Conferência RIO+20.


Organizado pela Quercus, em parceria com a escola de música Tempus e com o apoio da Câmara de Vila Nova de Gaia, este concerto, de entrada livre, contará ainda com músicos de renome que se têm notabilizado pelo apoio público ao projeto da Quercus ‘Condomínio da Terra’ – Ana Deus, Paulo Praça, Rui Reininho e outros nomes ainda a confirmar.

Rio+20 Global Music Contest
O concurso Rio+20 Global Music Contest foi organizado internacionalmente pela IAAI – International Association for the Advancement of Innovative Approaches to Global Challenges, tendo surgido enquadrado nas atividades previstas pela ONU para a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, que decorreu no Rio de Janeiro, entre 20 e 22 de Junho. Pretendeu-se promover a intervenção dos jovens em questões relacionadas com o desenvolvimento sustentável do planeta e juntar as mensagens musicais de todo o mundo, criando sinergias entre os diversos participantes.

Em Portugal, o Concurso foi organizado pela Tempus em parceria com a Quercus. Esta iniciativa contou com o Alto Patrocínio do Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, e ainda com o apoio do Sapo, da Cultureprint, da Colaboração, da APA e do CNADS.


Concurso Global
O Rio+20 Global Youth Music Contest desenvolveu-se em duas fases, primeiro com os concursos nacionais, seguindo-se o concurso global. Em ambos, as canções candidatas participaram em duas categorias (até 14 anos e dos 15 aos 30 anos). Identificados os vencedores nacionais nas duas categorias, as canções primeiras classificadas concorreram pelo seu país no concurso global, cujos vencedores tiveram a oportunidade de atuar no Rio de Janeiro, no decurso
da Conferência RIO+20.

A coordenação portuguesa do concurso regozija-se com os excelentes resultados alcançados no concurso global pelas canções portuguesas, destacando a vitória mundial, na categoria “até 14 anos”, do Coro Infantil de Santo Amaro de Oeiras, com a canção “Meu Planeta Azul”, apresentada ao vivo em diferentes eventos da Conferência Rio+20.

 Na categoria "15 aos 30 anos", a vencedora mundial foi a canção "Open your Eyes", de Milena Paraschiv & Radu Popescu, da Roménia.


Concurso Nacional
A nível nacional, destaque para a qualidade das canções a concurso que, após um processo de votação online, seguido de uma votação por personalidades nacionais e internacionais, foram classificadas da seguinte forma:

Categoria “até 14 anos”:
1.º lugar – Coro de Santo Amaro de Oeiras

2.º lugar – Bando dos Gambozinos

3.º lugar – Paraíso Dourado

Categoria “dos 15 aos 30 anos”:
1.º lugar – Francisco Rua e Mariana Mello

2.º lugar – Kent Queener

3.º lugar – Pé Descalço

3.º lugar – Orn Spirit

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publicado por Quercus às 11:22

E agora, de volta à ação!

Sábado, 23.06.12

De regresso a Lisboa (Francisco Ferreira) e ao Porto (Paulo Magalhães e Joaquim Peixoto) e com muito trabalho da Quercus pela frente na procura de um desenvolvimento mais sustentável em Portugal e no mundo, duas fotos da equipa que entre 13 e 22 de Junho representou a Quercus na Conferência Rio+20 e na Cúpula dos Povos e ainda organizou dois eventos: “O que nos Une a Todos” (na Arena da Barra) e “Condomínio da Terra / Sensibilização ambiental no espaço Lusófono” (no Pavilhão de Portugal). A realização do blog teve igualmente o apoio fundamental do Luis Galrão a partir de Portugal.

Gostaríamos de agradecer ao Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território a possibilidade de integração de dois elementos na delegação oficial portuguesa. O blog e os eventos paralelos inseriram-se num projecto que tem o apoio da União Europeia através do QREN / ON2 - O Novo Norte e da Câmara Municipal de Gaia. A deslocação teve igualmente o apoio da TAP Portugal e da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN).

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publicado por Quercus às 21:35

Termina a Rio+20

Sábado, 23.06.12

No discurso de encerramento, Dilma Rousseff considera que o documento 'O futuro que queremos' não é um retrocesso em relação à ECO'92 e a outros documentos das Nações Unidas e salienta aspectos inovadores como a inclusão de temas como o combate à pobreza e o fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).  "Cada um dos nossos países pode e deve avançar em relação aos compromissos assumidos, mas nenhum país tem direito de ficar aquém do que aqui foi acordado. Cabe a cada um de nós concretizar o que aqui foi decidido", diz.

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publicado por Quercus às 00:35

Conferência Rio+20: líderes políticos não foram ambiciosos para salvar o Planeta

Sexta-feira, 22.06.12

Rio+20 – Sem ambição, sem compromissos, é preciso mobilizar ainda mais a sociedade civil

O objetivo principal da Rio+20 era definir o roteiro de áreas como a economia verde para os próximos anos, ou seja, como gerar empregos em áreas com baixo impacte ambiental. São exemplos disso a reciclagem de materiais, a eficiência energética e a aposta nas energias renováveis, a biodiversidade e a proteção dos oceanos, a gestão das grandes cidades. Por outro lado, havia que comprometer os países e assegurar os meios de implementação (incluindo questões de financiamento), em particular os destinados aos países em desenvolvimento.

Em termos institucionais, a criação duma Agência Mundial das Nações Unidas para o Ambiente era uma das questões relevantes à escala internacional. Infelizmente, o que se conseguiu de mais concreto foi um plano a dez anos para termos padrões de consumo e produção mais sustentáveis; a criação de um fórum de alto nível para o desenvolvimento sustentável e orientações gerais nas diferentes áreas sectoriais. Falharam decisões fundamentais como a promoção de uma maior equidade no uso dos recursos, a recusa à subsidiação dos combustíveis fósseis, uma posição sobre os problemas do recurso à energia nuclear, ou a promoção de uma maior informação e formação da população para estimular a participação sobre desenvolvimento sustentável.

Duas décadas depois da ECO'92, que iniciou todo um conjunto de processos, nomeadamente três convenções nas áreas do clima, desertificação e biodiversidade e  estabeleceu uma agenda para a sustentabilidade às escalas local e global (Agenda 21), o cenário não é animador. O aquecimento global não está a ser contido, as áreas desertificadas estão a aumentar e não se tem conseguido parar a destruição de muitos ecossistemas. Exigia-se mais da Rio 20 para contrariar estas tendências e não deixa de ser lamentável que, 20 anos depois, a erradicação da pobreza continue a ser um dos grandes problemas da atualidade, evidenciando que não se fez o trabalho de tornar a sociedade mais justa e equitativa.

Existem visões muito diferentes do caminho a seguir para um planeta que tem cada vez mais população e que está a usar recursos que não se conseguem regenerar à mesma taxa de consumo, traduzindo-se também em enormes desigualdades entre países. A prioridade continua a ser a salvaguarda dos interesses próprios de cada país em detrimento do que é o bem comum.

Líderes políticos vieram ao Rio para quê?

Sem dúvida que a conferência é já por si uma oportunidade de balanço e de mobilização. Mais ainda, a presença dos chefes de Estado e governo de mais de 120 países não acontece muitas vezes, em particular para discutir questões ambientais, e num quadro mais geral, o desenvolvimento sustentável.

Depois de três dias de reuniões preparatórias (entre 13 e 15 de Junho), seguidas de uma maratona negocial entre sábado e terça-feira em que o Brasil assumiu a responsabilidade de conduzir os trabalhos como organizador da Rio 20, chegou-se a um documento a ser aprovado pelos chefes de Estado e de governo. Assim, no dia anterior ao verdadeiro início da conferência, o texto final estava terminado mas foram retirados os aspetos mais controversos e mais ambiciosos, ficando apenas os consensos genéricos.
Ao contrário do habitual nas conferências das Nações Unidas, os líderes limitaram-se a aceitar a versão previamente aprovada, o que é inadmissível quando o objetivo da sua presença era aumentar a ambição e garantir um futuro melhor às próximas gerações.

Cúpula dos Povos – onde se propõe um futuro diferente e participado
Depois de uma enorme manifestação no dia 20 de junho, 4ª feira, com mais de 50 mil pessoas, no centro do Rio de Janeiro e na qual a Quercus participou, a Cúpula dos Povos (a reunião da sociedade civil num outro local do Rio de Janeiro), concentrou múltiplas “Assembleias dos Povos”. Aqui reprovou-se um determinado conceito de economia verde que, segundo os participantes “é uma forma de suprir o capitalismo com mais capitalismo”, alertando para os efeitos perversos de transformar a natureza em mercado.

Do conjunto das Assembleias ressaltou uma vontade unânime de dar continuidade e corpo a um movimento global dos povos, que constitua uma resistência ao modelo vigente e a construção de uma economia solidária, de transição e que integre as pessoas.

Desta Cúpula sai ainda uma proposta de criação de um Tribunal Internacional para julgar crimes contra o futuro da Humanidade, avançado pelo Senador Cristovam Buarque e Edgar Morin. A reunião foi um momento de troca de ideias, de sonhar um mundo mais igual, mais democrático e mais livre.

Quercus pede ao Governo para renovar estratégia nacional de desenvolvimento sustentável para 2020 e 2050
A Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável (ENDS 2015), atualmente em vigor, e o respetivo Plano de Implementação (PIENDS) foram aprovados pela Resolução de Conselho de Ministros n.º 109/2007, de 20 de Agosto. Depois de um relatório sobre a sua aplicação elaborado em 2009, há quatro anos que se desconhece o estado de aplicação desde instrumento.

A Quercus considera que é muito importante revitalizar estes documentos, mas simplificando-os, como forma de Portugal responder de forma integrada, inclusiva e prática aos desafios gerais que a Rio 20 propõe. Defendemos que é necessário planos de ação e que não tem sentido insistir em documentos gerais teóricos que não têm expressão prática. Porém, longe vai o tempo em que as estratégias de cada área do governo, mesmo que feitas com a participação de vários ministérios, não tinham uma articulação e uma interação desejáveis no contexto de um desenvolvimento sustentável. Agora, é preciso olhar para o futuro independentemente dos governos transitórios e traçar os grandes objetivos para uma melhor qualidade de vida dos portugueses através de indicadores simples e claros. Isso é possível tendo uma perspetiva mais imediata, para 2020, e estabelecer uma visão e metas também para 2050.

“O que nos Une a Todos”
Naquele que foi único evento paralelo português realizado na Rio 20, decorreu ontem a estreia do documentário “O que nos Une a Todos”, onde se avança com a proposta da constituição de um suporte jurídico global através do reconhecimento de um “Património Natural Intangível da Humanidade”, relativo aos sistemas climático e oceânico. Com base neste novo património, apresenta-se uma proposta de contabilidade e gestão deste recurso comum. No evento, estiveram representantes de vários países, nomeadamente do governo brasileiro, abrindo-se portas a parcerias para divulgar e aprofundar o conceito.

Rio de Janeiro, 22 de junho de 2012
A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

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publicado por Quercus às 23:50

Rio+20 aprova documento 'O futuro que queremos'

Sexta-feira, 22.06.12

Os chefes de Estado e representantes dos mais de 190 países reunidos na Rio+20 acabam de aprovar o documento final 'O Futuro que queremos (disponível aqui em inglês e espanhol). Apesar do consenso, vários países admitem que o documento fica aquém das expectativas, sobretudo a nível das metas de implementação.

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publicado por Quercus às 23:17

Documento final da Rio+20 prestes a ser aprovado

Sexta-feira, 22.06.12

Após a intervenção da Somália, o último país a tomar a palavra no plenário da Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável entra na fase de deliberação. "O futuro que queremos", aqui na versão em inglês, deverá ser o principal resultado do encontro.

The future we want

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publicado por Quercus às 22:41

25 crianças portuguesas cantam hoje no encerramento da Rio+20

Sexta-feira, 22.06.12

A cimeira Rio+20 vai terminar ao som da música "Meu Planeta Azul", cantada por 25 crianças do Coro Infantil de Santo Amaro de Oeiras. A oportunidade surgiu com a vitória em dois concursos, um nacional e outro internacional - o 'Rio+20 Global Youth Music Contest'.

Conheça aqui a canção:

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publicado por Quercus às 20:28

Rio+20 quer padrões de produção e consumo mais sustentáveis na próxima década

Sexta-feira, 22.06.12

Além do documento "O Futuro que queremos", outro resultado da Rio+20 deverá ser a adopção de um plano de ação para os próximos 10 anos que assegure a transição para padrões de produção e de consumo mais sustentáveis. A proposta partiu da delegação brasileira, país que já adoptou um Plano nacional de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS). O documento deverá ser votado ainda hoje na recta final da Rio+20.

 

A 10-year framework of programmes on sustainable consumption and production patterns

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publicado por Quercus às 19:18

[Actualizado] Hillary Clinton salienta papel do sector privado e defende direitos reprodutivos da mulher

Sexta-feira, 22.06.12

No discurso de há minutos na Rio+20, a secretária de Estado norte-americana considerou que o encontro “marca um grande avanço para o Desenvolvimento Sustentável”. O documento final da Rio+20 “contém princípios importantes e propostas essenciais e traduz um novo pensamento sobre como canalizar a força dos mercados”, acredita Hillary Clinton, que salienta o papel do sector privado no processo.

Clinton admite que o processo não foi nem será fácil, mas defende que “é o momento para sermos pragmáticos, mas também optimistas, porque um futuro mais próspero está ao nosso alcance”. “Acredito que concordamos em princípios básicos e não podemos ser limitados pela ortodoxia do passado. Precisamos de parcerias ágeis voltadas para a acção”, diz.

No entanto, a secretária de Estado salienta que “o futuro não é uma garantia, porque os recursos dos quais todos dependemos estão sob pressão crescente”, pelo que “o único desenvolvimento viável no século XXI é o desenvolvimento sustentável”. “Seremos julgados não pelas palavras mas pelos resultados conseguidos. Reafirmo aqui o compromisso pessoal e do presidente Obama para trabalharmos em conjunto. Não podemos fracassar”.

Clinton defende ainda que “as mulheres são essenciais e as forças motoras por detrás do Desenvolvimento Sustentável”, pelo que é importante “assegurar os direitos reprodutivos das mulheres”, tema ausente da proposta de texto final da Rio+20. “Os EUA trabalharão para que esses direitos sejam respeitados em acordos internacionais”, assegura.

Os EUA, que bloqueram o progresso em inúmeros assuntos aqui na Rio+20 acabaram por fazer um discurso genérico, de circunstância, vazio, onde não tocaram nas questões essenciais onde o seu papel é decisivo para um desenvolvimento sustentável do planeta.

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publicado por Quercus às 15:56

ONG apelam à presidente brasileira: "O poder para salvar o nosso planeta está nas suas mãos"

Sexta-feira, 22.06.12

A organização Avaaz publica hoje no Finantial Times um anúncio a apelar à presidente brasileira Dilma Rousseff que lute pelo fim dos subsídios aos combustíveis fósseis. "O poder para salvar o nosso planeta está nas suas mãos... Senhora dos Anéis - que lado irá escolher?", lê-se na mensagem, numa analogia à trilogia "O Senhor dos Anéis".

A iniciativa insere-se numa campanha promovida por várias organizações não governamentais, entre as quais a Quercus, que apelam aos Governos de todo o Mundo para implementarem ações concretas para a remoção progressiva dos subsídios governamentais atribuídos à produção e consumo dos combustíveis fósseis.

As ONG apelam aos líderes mundiais para aproveitarem o Rio+20 para reafirmarem o seu compromisso através de ações concretas, para eliminarem estes subsídios, claramente ineficientes e perversos, e reencaminharem este dinheiro para ações que garantam um futuro energético mais sustentável.

Carta enviada pela Quercus à Ministra do Ambiente, Assunção Cristas:

Carta Aberta de várias ONG sobre a remoção progressiva dos subsídios atribuídos aos combustíveis fósseis

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publicado por Quercus às 12:16